quinta-feira, 29 de maio de 2014

Lidando com os erros e com a diversidade


A letra da música “Ciranda da Bailarina” de (Chico Buarque), nos reporta para a infância, onde víamos a Bailarina como uma personagem acima de qualquer imperfeição e sem defeito que percebíamos do mundo que vivíamos. Todos nos somos seres capazes de cometer atitudes não bem quistas por alguém, por que somos humanos. O único elemento que não sofre com essas influências é a bailarina, pois a sua beleza é algo natural dentro de uma analise visual. A bailarina é um ser clássico ligado a um tipo de estética. Não devemos esquecer que a bailarina é um ser solitário, aí o seu desprendimento com as preocupações ou com a influência do mundo. A nossa sociedade e tradicional e conservadora, por isso, essa preocupação com a opinião do outro, já que vivemos para ser aceitos. “A Bailarina” a qual a canção se refere, é diferente, não é igual a ninguém. Não se assemelha a nenhuma pessoa de nossa realidade, homem ou mulher, menino ou menina. Todos nós compartilhamos de alguns defeitos (ou não) referidos no texto. Todo mundo teve, tem ou poderá vir a ter algum deles, assim como tantos outros não mencionados, menos a Bailarina. No entanto, esse “não ter” ao invés de desqualificá-la, produz efeito contrário e lhe confere um “valor especial” que se constrói progressivamente ao longo da canção. Seus predicados nesse sentido não se enumeram em si, mas vão se tornando evidentes por oposição àqueles do mundo presente, do qual se insiste, ela absolutamente não faz parte. Os fatos corriqueiros que nos afetam e muitas vezes deixam seus traços ao longo de toda a vida, para ela não existem, nem nunca quaisquer cicatrizes lhe causaram.

Cursista: Francisca Vanuzia Souto Chaves

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